REVIEW | Dynasty 1×04 – Private as a Circus

Quando assisti o trailer deste episódio fiquei empolgado em vários sentidos pois tal proposta era o primeiro sintoma de que a série estava começando a mostrar que apesar de ser baseada num clássico do passado, conseguia se adaptar aos problemas do presente haja vista que na década de 1980 era impensável ter uma sex tape divulgada ao grande público ainda mais se você era uma pessoa rica e poderosa do ramo de petróleo. Private as a Circus tinha a história perfeita para o momento certo.
O problema é que o roteiro está completamente, repito, completamente perdido em relação a qual caminho seguir. Confuso e hesitante em jogar-se no caminho do novelão, mas ao mesmo tempo curioso e flertando com a ideia de falar de negócios e expor ao telespectador que entende do assunto e tem uma expertise ímpar em produção de energia limpa.
Juntar esses dois elementos ao lado de uma excepcional saga familiar transformariam Dynasty num fenômeno espetacular, similar com o que Empire fez em 2015.
A direção de Private as a Circus, assim como a do episódio anterior, mostram o porquê Dynasty ainda não entregou e parece que não engrenará tão cedo porque os atores estão completamente perdidos em cena sem saber exatamente a melhor posição. Os cortes de câmera são amadores tal qual a edição, haja vista que ora a história começa durante o dia, contínua na noite e termina no dia mais uma vez. Realizei trabalhos escolares melhores e acredito que o leitor também.
Elizabeth Gillies é uma das melhores atrizes em cena, apesar de considerar Nathalie Kelley como uma das revelações desta temporada de televisão, mas nenhuma das duas possui um bom material para fazer com que suas personagens seja maiores e melhores dos que os estereótipos da imigrante que casa direito e fica rica no futuro ou da filha que faz de tudo para impressionar o pai, inclusive ajudando seu “inimigo” a tocar a empresa. Nada do que tivemos aqui soa criativo ou original.
Vou repetir algo que comentei na semana passada – o material que Dynasty tem aqui é mais rico do que a fortuna dos Carringtons, mas a falta de visão dos roteiristas e de qualidade dos diretores é tão impressionante que realmente me pergunto quem escolheu essa equipe, certamente não foi a CBS TV Studios.